quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Fé sem obras, falta de atitude!

"Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta". (Tg 2:14-17)

Fé! Palavra forte que nos dirige na caminhada com Cristo. Sabemos pela Palavra que a fé é o instrumento que nos impulsiona a crer em Deus e a buscar uma vida diante dEle. Conhecemos as Palavras que dizem: "De fato, sem fé é impossível agradar a Deus" (Hb 11:6a) e "O justo viverá por fé" (Rm 1:17b) e entendemos que a fé é indisénsável para a vida. O livro de Hebreus apresenta inúmeros personagens de Abel até os mártires cristãos que triunfaram porque tiveram fé nas promessas de Deus em suas vidas. A fé verdadeiramente é algo tremendo capaz de transformar vidas. O próprio Jesus por duas vezes disse que a fé pode mover montanhas (Cf. Mt 17:20 e Mt 21:21). Porém, será que a fé por si só é capaz de fazer montanhas se moverem e de transformar vidas?
Vejamos o texto de Mateus 21:
"Cedo de manhã, ao voltar para a cidade, teve fome; e, vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela; e, não tendo achado senão folhas, disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente.
Vendo isto os discípulos, admiraram-se e exclamaram: Como secou depressa a figueira!
Jesus, porém, lhes respondeu: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não somente fareis o que foi feito à figueira, mas até mesmo, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, tal sucederá; e tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis". (Mt 21:18-22)
Este texto relata a primeira vez que Jesus amaldiçoa algo e usa tal "fenômeno" para ensinar algo precioso aos seus discípulos, o poder da fé. Jesus afirmou que a fé é capaz de fazer maravilhas, mas Ele coloca um novo elemento. No verso 21 Jesus diz: "se tiverdes fé e não duvidardes". O novo elemento é o não duvidar. Ora, duvidar é um verbo, e nós fomos ensinados que os verbos demonstram ação, estado ou fenômeno da natureza e neste caso, o verbo duvidar é uma ação. Jesus acrescenta a fé o elemento da ATITUDE. Fé por fé de nada adianta. Ela não pode estremecer os montes, nem abalar as estruturas, é necessário algo mais. Em Tiago diz que fé sem obras é morta. E as obras que aqui são citadas não é dar esmolas, fazer o bem, caridade, mas agir além de acreditar. Quando Jesus viu a figueira não acreditou apenas que a figueira secaria, mas declarou: "Nunca mais nasça fruto de ti!" A Palavra declarada de Jesus abriu as portas do Céu e concretizou a sua fé. Jesus agiu duas vezes, não duvidou e falou.
Muitas vezes nós estamos diante de problemas em nossas vidas, mas ficamos parados crendo que Deus vai nos livrar. Sim, Deus vai nos livrar, mas como se nós não nos levantamos? Somos conformistas e acomodados, querendo o pão e não o trabalho. Lá em Êxodo, quando o faraó e seus cavaleiros foram para matar os israelitas no mar Vermelho, quando Moisés clamou, Deus disse: "Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem" (Ex 14:15). Mais uma vez Deus requer uma ação do homem. Moisés tinha fé em Deus e por isso clamou a Ele, que por sua vez entregou a Móisés o encargo de tomar uma atitude de coragem que foi levantar a vara e tocar no mar.
Até os heróis da fé de Hebreus 11 conquistaram o que conquistaram porque agiram. A ação de Enoque foi andar com Deus. A de Noé, construir a arca. A de Abraão, sair da sua casa e parentela e a de Moisés, foi ir ter com faraó. Todos agiram mediante a Palavra de Deus e da fé em seus corações.
Cabe ressaltar que antes de tudo precisamos buscar em Deus uma resposta, uma direção. Depois crer (ter fé) que Deus nos responderá e estará conosco e por fim, AGIR! Seja em todas as áreas de nossas vidas, precisamos agir. Se queremos conquistar a vitória, precisamos agir. Verbalizar nossa necessidade e dar ordem às "montanhas" que se levantam contra nós. A figueira secou pela Palavra de Jesus. Chegou o tempo de vermos os demônios caindo, as enfermidades saindo, as vidas se salvando e a vitória chegando com o brado de nossa voz em sintonia com a voz de Jesus. Esta é a hora, este é o tempo. Creiam, tenham fé e ajam porque o tempo é curto e amanhã, aquilo que você mais deseja pode não estar mais ao teu alcance.
"Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele". (Mt 11:12).
SHALOM!!! Deus os abençoe com graça abundante e ATITUDE!!!

sábado, 4 de agosto de 2007

Tribo de Judá, a casa do Leão

"Judá é leãozinho; da presa subiste, filho meu. Encurva-se e deita-se como leão e como leoa; quem o despertará? O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés, até que venha Siló; e a ele obedecerão os povos". Gn 49:9,10

Este capítulo 49 de Gênesis narra as últimas palavras de Jacó aos seus filhos. No fim da vida, o patriarca, já na terra do Egito, pronuncia bênçãos proféticas aos seus 12 filhos. Entre eles há um que chama atenção mais do que os outros. Um de seus filhos é colocado para estar acima dos demais e é comparado a um leão. Este filho é Judá, o quarto filho que Jacó teve com Lia, irmã de sua outra esposa, Raquel. Seu nascimento, como o nascimento dos seus demais irmãos, assemelhou-se com uma disputa entre as duas irmãs pela atenção e amor de seu marido. Judá foi o último a nascer de Lia e seu nome significa "louvor". "De novo concebeu e deu à luz um filho; então disse: Esta vez louvarei ao Senhor. E por isso lhe chamou Judá; e cessou de dar à luz" (Gn 29:15).
O nascimento de Judá foi de profunda alegria para sua mãe e este foi motivo de adoração a Deus. Este fato, forjou um caráter íntegro na vida de Judá, tanto que quando seus irmãos tramaram em matar José, Judá foi contrário. "Então, disse Judá a seus irmãos: De que nos aproveita matar o nosso irmão e esconder-lhe o sangue?". (Gn 37:26). Apesar dele depois propor a venda de José aos ismaelitas, ele usou de bom senso e permitiu ser usado por Deus, mesmo sem querer, para um propósito futuro que todos sabemos qual. Vemos também um capítulo depois, a história de Judá e sua nora Tamar, que depois de casar com seus dois filhos, ficou viúva sem ter filhos. Judá contudo tinha um outro filho, Selá, e segundo a Lei do levirato, Selá teria que engravidá-la para perpetuar o nome de seu irmão, porém este era muito novo. Tamar foi enviada embora com a promessa de que poderia voltar e se casar com Selá, quando este tivesse idade. Entretanto, Selá cresceu, e Judá se esqueceu. Tamar então fingiu ser uma prostituta e deitou-se com Judá, guardando com ela o selo, o cordão e o cajado de Judá, para que servisse como penhor até que ele mandasse pagamento. Tamar então engravida do seu sogro. Passado algum tempo, Tamar achou-se grávida e Judá soube e muito se irou contra ela, pois achou que ela havia cometido adultério, e mandou que ela fosse queimada, porém Tamar mostra os objetos que havia tomado como penhor e Judá reconhece sua falha e se arrepende. Ela então gerou gêmeos e seus nomes eram Peres e Zera (Gn 38:1-30). Esta história nos mostra a integridade de Judá, frutos de uma consagração logo após seu nascimento. Vemos também um coração quebrantado em Gn 44:14-34, quando Judá defende seus irmãos diante de José, já o governador do Egito, que os colocava a prova. Seu amor por sua família e seu aparente arrependimento pelo "mal" que causou a José, quebrou a armagura do governador e liberou perdão sobre eles. Creio eu que tudo isso aconteceu, porque Judá foi consagrado por sua mãe como objeto de louvor a Deus.
E no fim da vida de Jacó, Judá é comparado a um leão, a representação da força, da coragem e da realeza e recebe a promessa de ser chefe de uma linhagem de reis (Gn 49:10), chefe sobre todos seus irmãos (v. 8). Enquantos os outros são comparados a água (Rúben), jumento (Issacar), serpente (Dã), gazela (Naftali), ramo frutífero (José) e lobo (Benjamim), Judá os supera, pois de todos estes seres e coisas, quem é mais honrado que um leão? Que homem hoje gostaria se ser chamado de gazela ou jumento? Ou de serpente e lobo, símbolos da maldade? Ninguém, mas todos querem receberem o título de leão, o conhecido rei da selva.
Jacó sabia o que viria depois, e que Judá se destacaria, pois nele estava o louvor, a adoração sincera, a gratidão ao Deus dos Céus e da terra. Judá é leão, temível, aquele que até dormindo amedronta. Quando um leão ruge, todos se estremecem. Eu já tive a oportunidade de ouvir o rugido de um leão. Mesmo atrás das grades de uma jaula, dá medo. É um urro horrível que gela a espinha e causa arrepio, além do bicho ser enorme. Realmente, o leão é uma criatura formidável e digna de respeito, e Judá foi conhecido como leão. Muitos dizem que os gaditas são os leões, mas não. A Bíblia diz que os gaditas tinham cara de leão, mas não eram leão. Enquanto que a respeito de Judá diz: "Judá É leãozinho...", contudo peço permissão para parafrasear este texto e reescrever "Judá é LEÃO...".
O tempo passou e Judá tornou-se uma numerosa tribo. Poderosa e a primeira a sair em guerra: "Levantaram-se os israelitas, subiram a Betel e consultaram a Deus, dizendo: Quem dentre nós subirá, primeiro, a pelejar contra Benjamim? Respondeu o Senhor: Judá subirá primeiro". (Jz 20:18). E dela, o Senhor Deus escolheu reis. Saul, o primeiro rei de Israel, escolhido por homens era um benjamita, da tribo de Benjamim, igual a Saulo que é o apóstolo Paulo e que em hebraico seu nome também é Saul. Mas o rei segundo o coração de Deus, escolhido por Ele e ungido por Sua mão, foi Davi e este era da tribo de Judá, o leão. E ao longo de mais tempo, outro rei, mais poderoso que o primeiro, cujo reino é eterno e jamais se abalará, foi nomeado como o LEÃO DA TRIBO DE JUDÁ, YESHUA, JESUS!!! O cetro jamais se arredará de Judá, disse Jacó, quando este tinha a visão do Altíssimo.
Tudo por causa de uma consagração bem sucedida que sua mãe fez quando ele nasceu. Ela o consagrou para o louvor do Rei, e o Senhor o escolheu para fazer habitar o reinado sem fim de Jesus. Consagrações certas, entregas corretas, vidas rendidas no altar da adoração produzirá vidas sedentas por Deus, homens e mulheres nobres que levantam as armas da adoração, do louvor e da vida com Deus, íntegra, santa e reta.
Que possamos nos consagrar da maneira correta, sendo guerreiros adoradores como Judá foi. Não é à toa que Davi era guerreiro e também compositor dos hinos de louvor mais famosos e belos que existem e com isso foi o homem segundo o coração de Deus.
Deus está levantando a geração dos filhos do Leão. Homens e mulheres que tem a adoração por estilo de vida, que têm a autoridade outorgada por Deus nas mãos, que são valentes na oração e firmes na batalha, cujas armas são o louvor em seus lábios. Que não temem o inimigo, mas abalam as portas do inferno com brados de louvor a Jesus. São pessoas que imitam a Cristo, que se assemelham a Ele em tudo e que tem o poder do Espírito Santo nas mãos e no coração.
Se você se identifica com esta geração ou quer fazer parte da família do Leão, bem vindo a Tribo de Judá, a casa é tua...

SHALOM!!!