terça-feira, 27 de julho de 2010

"Que do pó levanta o pequeno..." Sl 113:7a

Segundo a Palavra de Deus, nunca se viu nenhum deus como o Senhor que trabalha por aqueles que nEle esperam (Is 64:4). Desde a queda de Adão, Deus sempre esteve por perto mesmo nos momentos de apostasia da humanidade. É do caráter de Deus salvar e ajudar a sua criatura preferida, o homem!
Foi sabendo disto que Davi declarou em louvor a Deus que não havia ninguém como o Senhor que "do pó levanta o pequeno, e do monturo ergue o necessitado" (Sl 113:7).
Esta Palavra declara o poder restaurador de Deus na vida daqueles que o buscam e um recado para todos os que se sentem frustrados e desanimados. Não importa que situação estejamos vivendo, Deus está ao nosso lado.
Há um episódio narrado no livro de I Reis 19:15, onde o profeta Elias num momento de depressão, é designado por Deus para ungir Hazael como rei da Síria e este fato me chama a atenção. Todos sabemos que o Senhor é o Deus de Israel e que os israelitas são o povo escolhido, assim sendo, seguindo a lógica humana, Deus só deveria se encarregar de cuidar dos assuntos do seu reino, da sua nação que era e é Israel. Mas não! Ele é o soberano de toda a terra e a Síria também estava debaixo de suas ordens, assim, Ele também tem uma grande participação na história do reino sírio, o que significa que Ele tem grandes participações na história de nossas vidas!
Este texto só me faz lembrar que Deus está no controle de tudo, inclusive daquilo que parece incontrolável. Em nenhum momento Ele fica alheio ao que acontece por aqui. No mesmo salmo 113, Davi diz que Deus "se curva para ver o que está nos céus e na terra" (v. 6).
Desta maneira, não importa o que você está passando, o que importa é que Deus está no controle. Se você está andando com Deus, vivendo uma vida de santidade e retidão, não se preocupe com as tribulações. Como diz o apóstolo Paulo: "Sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança" (Rm 5:3,4). Portanto, não tenha medo, nem se desespere, Deus virá ao teu encontro e te dará forças para atravessar o deserto, e quando você menos esperar, Ele te levantará do pó e te erguerá do monturo. Ele te assentará ao lado dos príncipes e a tua história irá mudar. Creia em Deus e espere, pois o Deus que prometeu jamais falhará!

Deus te abençoe!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

ADORAÇÃO INCONDICIONAL

Por Emanuel Fernandes


 

"Dá-me de beber". Foi assim que Jesus se dirigiu à mulher samaritana (Jo 4:7). Não, não foi um argumento de ocasião para iniciar um diálogo. Jesus tinha sede mesmo, sede de adoração. O Mestre tinha uma água para oferecer àquela mulher, a salvação. Ela tinha uma água que podia oferecer a Ele, a adoração.

Outra mulher que agradou a Jesus com sua atitude e expressão estava enferma. Porém, não olhou as condições adversas, não se importou com o fato da enorme multidão rodear a Jesus impedindo-a de chegar-se de frente a Ele. Ela tocou-lhe nas vestes, mas com a fé e a atitude do seu coração, tocou-lhe no coração! Jesus continua à espera de ser tocado. Ele anseia por poder perguntar à multidão: "Quem me tocou?" (Mc 5:24-34).

A adoração incondicional é também contemplativa. Davi declara: "Uma coisa pedi ao Senhor e a buscarei; que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor..." (Sl 27:4). Enquanto o noivo aguarda no altar a chegada da noiva, ele é o protagonista. Ali está ele com seu belo terno. No entanto, assim que a noiva entra, ela torna-se o centro das atenções. Os convidados comentam a sua beleza. Todos se esquecem do noivo, no entanto, a noiva está feliz pelo seu noivo e por isso, para ela, ele é mesmo o mais belo naquela festa, pois só a noiva entende a beleza do seu noivo!

A mulher que ungiu a cabeça de Jesus entendia isto em seu coração. Sua adoração foi contemplativa, apaixonada, extravagante e incondicional (Mc 14:3-9). Viu em Jesus aquilo que mais ninguém conseguiu ver! Derramou o ungüento de nardo puro e como se isso não bastasse, quebrou seu valioso vaso de alabastro. Para ela não houveram limites. Aquele era o momento da sua vida e ela tinha que aproveitá-lo da melhor forma. Ela quis agradar, quis impressionar Jesus e conseguiu fazê-lo. É um dos melhores exemplos bíblicos de adoração incondicional.

A adoração incondicional não agrada a todos, pois os legalistas a detestam. Chegam mesmo a achar desnecessário tal investimento de tempo, recursos e talentos. Foi isto que pensaram entre si os que comiam na casa de Simão: "Para quê este desperdício?" (v. 4). Os legalistas não gostam de ouvir, de ministrar e de observar a adoração incondicional, sem limites, sem leis, sem reservas ou condições. Quando adoramos incondicionalmente deixamos o coração falar mais qua a razão. Essa adoração não se aprende, se apreende.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

ADORAÇÃO E A CRIAÇÃO


Por Sarah Sheeva


Sabe porquê os pássaros cantam todos os dias ao entardecer?
É porque esse foi o horário que Deus estabeleceu quando fez a terra para se encontrar com toda a sua criação.
E até hoje a natureza sabe disso.
Até hoje, a natureza lembra disso.

Por isso, os pássaros cantam ao entardecer, como um clamor, como um anseio pela presença da glória do Deus Altíssimo.

Eles clamam e cantam, como se o tempo não tivesse passado... como se fosse no Éden.

Toda a natureza sabe que esse era o momento mais importante do dia, o momento do seu encontro diário com Deus.

E isso está gravado na natureza, e em toda a criação... eternamente.

O entardecer é o momento mais lindo do dia.

É a hora de voltar para casa...

É uma hora em que todos deveriam parar o que estivessem fazendo em qualquer lugar,

Todos sem exceção deveriam se aquietar e se voltar para o Criador,

Para o Todo-Poderoso e adorá-lo... adorá-lo... adorá-lo...

Esse é o momento em que tudo muda no dia... um pouquinho depois desse momento já não há mais dia. É chegada a noite.

À noite todos procuram seus lares, procuram o descanso, procuram a paz...

E muitos choram.

Não sabem porque choram, mas choram.

O choro pode durar uma noite inteira, mas assim como o amanhecer chega, a alegria e as misericórdias do Senhor vem pela manhã.

E a cada manhã um novo dia se inicia... como uma dádiva que se renova,

Toda manhã uma nova história de vida pode começar...

Sabendo que, ao entardecer, com toda certeza, os pássaros irão cantar...

quarta-feira, 19 de maio de 2010


"EU VIM A ESTE MUNDO... A FIM DE QUE OS CEGOS POSSAM VER..."
Jo 9:39

 
Logo após o Seu batismo e a tentação no deserto, Jesus partiu para Nazaré onde entrou numa sinagoga. Ali, tomou a palavra diante de todos e revelou-se a eles lendo o livro do profeta Isaías que dizia: "O Espírito de ADONAI está sobre mim; portanto Ele me ungiu para anunciar boas-novas aos pobres; Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperar a vista dos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano do favor de ADONAI" (Lc 4:18,19).
Jesus proclamou aquelas palavras sobre Ele mesmo causando um tamanho transtorno naquele lugar. O acusaram de blasfêmia e expulsando-o dali tentaram apedrejá-lo. Isto tudo aconteceu por um só motivo: cegueira.
Todo o povo de Israel esperava por um homem que os pudesse livrar de suas mazelas e trazer um novo tempo para suas vidas. Desde Moisés, a promessa do Filho de Davi enchia os corações de todo aquele que esperava no Deus de Jacó, no entanto, os anos de pecado e de cativeiro físico e espiritual cegaram os olhos da nação santa. Os longos anos de sujeição aos impérios pagãos (Egito, Babilônia, Grécia e Roma) como também os tempos de governo de reis maus endureceram o coração de muitos e fecharam os seus olhos.
Paulo diz em uma de suas cartas que "o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus" (II Co 4:4) e isto descreve exatamente o que estava acontecendo com aquelas pessoas. A Promessa estava ali diante deles, contudo uma força demoníaca os atava a uma escuridão que os impedia de ver a glória do Messias.
Desta maneira, em meio à cegueira espiritual vigente da época, Jesus evoca a profecia de Isaías declarando que Deus o havia enviado para "recuperar a vista dos cegos" (Lc 4:19). Ou seja, estava ali a resposta para aquele geração, o segredo para tomarem o caminho de volta para o coração de Deus.
Também estava ali a resposta para a nossa geração que ainda caminha com os olhos vendados, sem enxergar a nuvem de glória e sem direção a tomar. Estamos como aquele homem que vivia às sombras do Templo, cegos desde o nascimento, esperando pela esperança de ver novamente (Jo 9). Enquanto os discípulos procuravam por uma culpa, pelo pecado de alguém, Jesus foi além e olhou para a necessidade daquele homem. Era preciso abrir os seus olhos e deixar que ele visse o poder de Cristo. Assim, num ato profético, Jesus ungiu os olhos daquele homem com lama (fruto da terra com Sua saliva) lembrando que nossos olhos estão sujos e cheios do mundo e depois o enviou a se lavar no tanque de Siloé. Da mesma forma, é assim que Jesus nos trata com a nossa cegueira. Ele toca em nossos olhos e depois nos lava de toda sujeira, fazendo-nos ver novamente. Aquele homem, depois de ter sua visão recuperada pode ver e conhecer o Salvador do mundo, Aquele que veio ao mundo "a fim de que os cegos possam ver" (Jo 9:39).
Esta é a missão de Jesus, e este deve ser o nosso desejo, ter os olhos abertos e poder ver aquilo que Deus está fazendo em nossa geração. Os judeus não perceberam e não reconhecerem a visitação do Autor da Vida, não aceitaram ser ajuntados "como a galinha ajunta os seus pintinhos" (Mt 23:37) por culpa da cegueira de que Isaías também falou: "Engorda o coração deste povo, e enderece-lhe os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; não venha ele a ver com os seus olhos, e a ouvir com os seus ouvidos, e a entender com o seu coração, e a converter-se, e a ser sarado" (Is 6:10).
Hoje, muitos de nós também estamos cegados pela nossa soberba e arrogância, ignorando os planos de Deus para nossas vidas. Andamos perdidos no deserto porque não conseguimos enxergar a nuvem que se move sob o comando do Senhor.
Enquanto isto, os filhos das trevas caminham tranquilamente e veem o que nós não conseguimos ver. Jesus nos advertiu dizendo que os filhos das trevas são mais astutos que os filhos da luz, o que podemos verificar na vida de Balaão. Este era um profeta pagão que um dia foi contratato por Balaque para amaldiçoar o grande e temível povo de Israel. Balaão não era israelita e não fazia parte do povo escolhido, como também não era um servo do Senhor, mas mesmo assim, a profecia que veio da boca de Deus para ele dizia: "Fala Balaão, filho de Beor, e fala o homem de olhos abertos:
Fala aquele que ouviu os ditos de Deus, o que vê a visão do Todo-Poderoso, caindo em êxtase de olhos abertos" (Nm 24:3,4). Mesmo sendo um pagão enviado de Satanás, Balaão viu a glória do Soberano e contemplou a face do Altíssimo, coisa que nós não conseguimos fazer. Nisto temos que aprender com Balaão. Precisamos ser homens e mulheres que buscam ter os olhos abertos para ver o Senhor num "alto e sublime trono" (Is 6:1) assim como o servo de Deus Isaías, o profeta.
É preciso buscarmos de todo nosso coração. Não nos conformamos com nosso estado, mas ansearmos um novo nível na presença de Deus, uma nova intimidade, um novo contato. Não basta ouvirmos o Seu nome ser gritado nas praças e nas ruas, precisamos sair da beira do caminho e andarmos ao Seu encontro, como Bartimeu, que mesmo em meio às trevas não se conformou e nem se intimidou com a multidão, mas correu ao encontro daquele que podia tirá-lo da escuridão, da apatia, do comodismo e das esmolas. "Jesus, filho de Davi! Tem misericórdia de mim" (Mc 10:47) deve ser também o nosso grito, o nosso clamor.
Mas daí vem a pergunta do Mestre: "Que queres que te faça?" (Mc 10:51a) A resposta de Bartimeu foi: "Mestre, que eu tenha vista" (Mc 10:51b) e a nossa, qual seria? Ultimamente temos nos ocupado com tantas coisas. Preferimos outros tipos de milagres que visam nosso lucro e conforto, enquanto que ainda estamos cegos. Não vemos Jesus passar, não vemos Deus agir, como também não vemos os planos sujos e os ardis do diabo contra nossas vidas.
Precisamos clamar, pedir e implorar para que nossos olhos sejam abertos. Para que possamos ver Jesus, pois como o seguiremos se não O vermos? Como tocá-lo se não podemos saber onde Ele está? Ele quer nos curar e nos fazer ver, afinal Ele disse: "Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem sejam cegos" (Jo 9:39).
Que o nosso desejo seja vê-lo, porque é impossível vê-lo e permanecer com a mesma vida medíocre e pecaminosa. Ao vê-lo, Isaías prontamente foi perdoado e purificado. Ver Jesus produz cura em nossas almas, libertação em nossas vidas e graça sobre graça. Eis o segredo de uma vida abundante, ver Jesus. Ter os olhos espirituais abertos e saber discernir o tempo de Sua visitação, saber discernir aquilo que Ele quer para nós e para nossa geração. Que nossos olhos sejam abertos em todos os sentidos para que não declaremos como Balaão que profetizou: "Vê-lo-ei, mas não agora; contemplá-lo-ei, mas não de perto" (Nm 24:17). Nossa oração precisa ser assim: "Vê-lo-ei, mas agora; contemplá-lo-ei, mas de perto". Queremos ver Jesus o mais rápido possível, porque este é o tempo da salvação. Não há mais o que esperar. Precisamos agora correr atrás da nuvem, mas antes nossos olhos precisam estar abertos e limpos.
Este é o nosso clamor: "Abre os nossos olhos Senhor!".